terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ORAÇÃO PELOS DOENTES



Diz a Escritura que os homens devem “orar sempre e nunca desfalecer” (Luc. 18:1); e, se há um tempo em que eles sintam sua necessidade de orar, é quando lhes faltam as forças, e a própria vida lhes parece fugir. Freqüentemente os que estão com saúde esquecem as maravilhosas misericórdias a eles feitas continuadamente, dia após dia, ano após ano, e não rendem a Deus tributo e louvor por seus benefícios. Ao sobrevir a doença, porém, Ele é lembrado. Ao faltarem as forças humanas, sentem os homens a necessidade do auxílio divino. E nunca o nosso misericordioso Deus Se afasta da alma que para Ele em sinceridade se volve em busca de auxílio. Ele é nosso refúgio na enfermidade assim como na saúde.
Deus está hoje tão desejoso de restabelecer os doentes como quando o Espírito Santo proferiu estas palavras por intermédio do salmista. E Cristo é agora o mesmo compassivo médico que era durante Seu ministério terrestre. Nele há bálsamo curativo para toda doença, poder restaurador para toda enfermidade. Seus discípulos de nossos dias devem orar pelos doentes tão verdadeiramente como os de outrora. E seguir-se-ão as curas; pois “a oração da fé salvará o doente”. (Tiago 5;15). Temos o poder do Espírito Santo, a calma certeza da fé, de que podemos reivindicar as promessas de Deus. A promessas do Senhor : “Imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mar. 16:18), é tão digna de fé hoje como nos dias dos apóstolos. Ela apresenta o privilégio dos filhos de Deus, e nossa fé deve lançar mão de tudo quanto aí se encerra. Os servos de Cristo são os instrumentos de Sua operação, e por meio deles deseja exercer Seu poder de curar. É nossa obra apresentar o enfermo e sofredor a Deus, nos braços da fé. Devemos ensinar-lhes a crer no grande Médico.
O Salvador deseja que animemos os enfermos, os desesperançados, os aflitos a apegarem-se a Sua força. Mediante a fé e a oração, o quarto do doente pode se transformar numa Betel. Por palavras e atos, os médicos e as enfermeiras podem dizer, tão positivamente que não possa ser mal compreendido: “Deus está neste lugar” para salvar, e não para destruir. Cristo deseja manifestar Sua presença no quarto do doente, enchendo o coração dos médicos e enfermeiros com a doçura de Seu amor. Se a vida dos assistentes do enfermo é de maneira a Jesus os poder acompanhar ao leito dele, ao mesmo sobrevirá a convicção de que o compassivo Salvador está presente, e essa convicção por si só fará muito em benefícios tanto de sua alma como do corpo.
E Deus ouve a oração. Cristo disse: “Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei.” João 14:14. Noutro lugar, Ele diz “Se alguém Me serve,... Meu Pai o honrará,” João 12:26. Se vivemos em harmonia com Sua palavra, toda preciosa promessa dada por Ele em nós se cumprirá. Somos indignos de Sua misericórdia, mas, ao entregar-nos a Ele, recebe-nos. Ele operará em favor e por intermédio daqueles que O seguem.
Mas unicamente vivendo em obediência a Sua palavra podemos pedir o cumprimento das promessas que nos faz. O salmista diz: “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá.” Sal. 66:18. Se Lhe prestamos apenas uma obediência parcial, com a metade do coração, Suas promessas não se cumprirão em nós.
Temos na Palavra de Deus instruções relativas à oração especial pelo restabelecimento de um doente. Mas tal oração é um ato soleníssimo, e não o devemos realizar sem atenta consideração. Em muitos casos de oração pela cura de um doente, o que se chama fé não é nada mais que presunção.
Muitas pessoas chamam sobre si a doença pela condescendência consigo mesmas. Não têm vivido segundo as leis naturais ou os princípios da estrita pureza. Outros têm desconsiderado as leis da saúde em seus hábitos de comer e beber, vestir ou trabalhar. Freqüentemente é alguma forma de vício a causa do enfraquecimento mental ou físico. Obtivessem essas pessoas a bênção da saúde, e muitas delas continuariam a seguir o mesmo rumo de descuidosa transgressão das leis naturais e espirituais de Deus, raciocinando que, se Ele as cura em resposta à oração, elas se acham em liberdade de prosseguir em suas práticas nocivas, condescendendo sem restrições com apetites pervertidos. Se Deus operasse um milagre para restaurar à saúde, essas pessoas estariam animando o pecado.
É trabalho pedido ensinar o povo a volver-se para Deus como Aquele que cura suas enfermidades, a menos que seja também ensinado a renunciar aos hábitos nocivos. Para que recebam Sua bênção em resposta à oração, devem cessar de fazer o mal e aprender a fazer o bem. Seu ambiente deve ser higiênico, corretos os seus hábitos de vida. Devem viver em harmonia com a Lei de Deus, tanto a natural como a espiritual.
Ellen G. White - Ciência do Bom Viver, pág: 225, 226, 227

Portanto, quer comais, que bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. (I Coríntios 10:31)

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